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Luca Francesconi estudou composição com Azio Corghi, Karlheinz Stockhausen e Luciano Berio, e jazz no Berklee College of Music em Boston. Entre 1981 e 1984, trabalhou como assistente de Berio. Em 1990 fundou em Milão o Agon Acustica Informatica Musica, um centro de pesquisa e produção musical com recurso a novas tecnologias
Compôs mais de cem obras para vários formatos, desde o instrumento solista à grande orquestra e ainda criações multimédia, incluindo encomendas das instituições musicais internacionais mais importantes. Algumas das suas obras mais recentes são: Duende – The Dark Notes, concerto para violino e orquestra escrito para Leila Josefowicz; Concerto para piano, uma encomenda da Casa da Música escrita para Nicolas Hodges; Dentro Non Ha Tempo, uma encomenda da Orquestra do La Scala; Macchine in Echo, concerto para dois pianos e orquestra escrito para o GrauSchumacher Piano Duo, uma encomenda da WDR de Colónia; das Ding singt, concerto para violoncelo e orquestra, uma encomenda do Festival de Lucerna escrita para Jay Campbell; Trompe-la-Mort, uma ópera com libreto de Francesconi a partir de Honoré de Balzac, encomenda da Ópera da Bastilha; Daedalus, para flauta e ensemble, uma encomenda de Daniel Baremboim escrita para o Boulez Ensemble e Emmanuel Pahud.
A sua ópera Quartett (libreto do compositor segundo Heiner Müller), de 2011, uma encomenda do La Scala com encenação do La Fura dels Baus (Prémio dos Críticos Franco Abbiati 2011), foi apresentada mais de 80 vezes por todo o mundo, em oito produções – em Outubro de 2019 regressou ao La Scala, um feito raro para uma obra contemporânea. Francesconi trabalha actualmente em Timon of Athens, para a Ópera Estatal da Baviera em Munique, cuja estreia está agendada para Novembro de 2020, com Kent Nagano como maestro. Trabalha ainda num novo concerto para violino e orquestra para Patricia Kopatschinskaia.
Luca Francesconi é também maestro. Ensina há 35 anos em conservatórios italianos e em masterclasses por todo o mundo. É professor e director do departamento de composição na Musikhögskolan de Malmö (Suécia).
Depois de deixar a direcção do Agon, em 2004, Luca Francesconi fundou no mesmo ano o Festival “Connect” em Malmö. Em 2005 fundou o Musical invention Lab na Semana Musical de Stresa, tendo como residente o ensemble norueguês BIT 20. Entre 2008 e 2011, foi director artístico da Bienal de Música de Veneza, onde criou e coordenou quatro festivais. Durante esta importante experiência deu visibilidade ao novo repertório (o Leão de Ouro foi atribuído a Lachenmann, Kurtág, Eötvös e Rihm) mas procurou também envolver as forças criativas da cidade de Veneza. A ideia central culminou numa noite intitulada EXIT, que proporcionou experiências poli-sensoriais em novos formatos de “geometria variável”, com o intuito de mudar profundamente a percepção da nova música, relacionando-a com diferentes disciplinas artísticas e instalando-a em formas abertas em termos de tempo e espaço. Em 2011, foi nomeado consultor artístico do festival Ultima em Oslo.
Em 2018, Luca Francesconi recebeu o Prémio Feltrinelli da Accademia dei Lincei em Roma e o Prix Italiques.
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