-
Depois de estudos em piano, Magnus Lindberg ingressou na Academia Sibelius onde foi aluno de composição de Einojuhani Rautavaara e Paavo Heininen. Inspirado por Heininen, fundou, por volta de 1980, o grupo informal “Ouvidos Abertos” — com Hämeeniemi, Kaipainen, Saariaho e Salonen —, que procurava estimular uma maior consciência das grandes correntes modernistas. Mudou-se para Paris em 1981, onde estudou com Globokar e Grisey, frequentando neste período também as aulas de Donatoni em Siena. Em 2003, foi galardoado com o prestigiante Prémio Wihuri Sibelius.
Afirmou-se como compositor com duas obras de grande escala — Action-Situation-Signification e Kraft, ligadas ao ensemble experimental Toimii, que fundou com Salonen, e onde combinava experimentalismo, complexidade e primitivismo. No final dos anos 1980, a sua música voltou-se para um novo classicismo modernista, com obras-chave como Kinetics, Marea e Joy, atingindo o auge com Aura (1994) e Arena (1995).
Magnus Lindberg foi nomeado Compositor em Residência da Filarmónica de Nova Iorque (2009-12) e da Filarmónica de Londres (durante três anos a partir de 2014/15), com várias encomendas. No últimos anos apresentou a nova obra orquestral Tempus Fugit, uma encomenda da Sinfónica da Rádio Finlandesa para celebrar o centenário da Independência da Finlândia, em 2017; Triumph to exist…, música para poesia de Edith Södergran, estreada pela Filarmónica e Coro de Londres sob a direcção de Vladimir Jurowski, em 2018; e Shadow of the Future, estreado pelo Ensemble intercontemporain, em 2019.
2022