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Johann Strauss desde cedo revelou uma grande paixão pela música. O seu pai, Johann Strauss I, também compositor, nunca foi favorável ao facto de o seu filho estudar música, preferindo que seguisse uma carreira ligada ao sector bancário. No entanto, movido pelo seu interesse na música, Strauss II estudou às escondidas com um violinista amigo de seu pai. Quando Strauss I trocou a sua família por uma amante, o filho pôde assumir definitivamente o gosto pela música e prosseguir os seus estudos de violino, mas também de contraponto e harmonia.
O início da sua carreira como compositor não foi, no entanto, pacífico, causando grande irritação ao seu pai, em particular porque Strauss II queria apresentar algumas obras de sua autoria no casino Dommayer, onde Strauss I tinha sido amplamente aclamado. O jovem compositor não se deixou abalar pela pressão do seu pai e de alguns dos seus defensores, e estreou‑se naquela sala em 1844, conquistando lentamente a crítica. Na sequência da morte do pai, em 1849, Strauss II fundiu as orquestras, concentrando‑se numa brilhante carreira que incluiu várias tournées regulares, destacando‑se em particular os concertos anuais em S. Petersburgo, desde 1855 a 1865, e, já nos anos 70, a apresentação pública das suas obras nos Estados Unidos da América, onde obtiveram grande visibilidade. Ainda nos 70, em Viena, Strauss II, amplamente reconhecido como o “rei da valsa”, dedicou‑se também à opereta, inicialmente com pouco sucesso.