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  • Com uma carreira que leva já mais de três décadas, Mário Laginha é habitualmente conotado com o mundo do jazz. Mas se é verdade que os primórdios do seu percurso têm um cunho predominantemente jazzísticofoi um dos fundadores do Sexteto de Jazz de Lisboa (1984), criou o decateto Mário Laginha (1987) e lidera ainda hoje um trio com o seu nome, o universo musical que construiu com a cantora Maria João é um tributo às músicas que sempre o tocaram, a começar pelo jazz e passando pelas sonoridades brasileiras, indianas e africanas, pela pop e pelo rock, sem esquecer as bases clássicas que presidiram à sua formação académica e que acabariam por ditar o seu primeiro e tardio projecto a solo, inspirado em Bach (Canções e Fugas, de 2006).

    Mário Laginha tem articulado uma forte personalidade musical com uma vontade imensa de partilhar a sua arte com outros músicos e criadores. Desde logo, com Maria João, de que resultou um dos projectos mais consistentes e originais da música portuguesa, com mais de uma dezena de discos e muitas centenas de concertos em salas e festivais um pouco por todo o mundo. Em finais da década de 80 iniciou uma colaboração, que se mantém até hoje, com o pianista Pedro Burmester, com quem gravaria um disco. Esta seria alargada a Bernardo Sassetti, em 2007, no projecto 3 pianos, com fortíssima repercussão na crítica e no público. Até ao seu inesperado desaparecimento, Bernardo Sassetti foi, de resto, um parceiro e cúmplice de Mário Laginha em muitas dezenas de concertos e em dois discos gravados, o último dos quais dedicado à música de José Afonso.

    Com uma sólida formação clássica, Mário Laginha tem escrito para formações tão diversas como a Big Band da Rádio de Hamburgo, a Big Band de Frankfurt, a Orquestra Filarmónica de Hanôver, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, o Remix Ensemble Casa da Música, o Drumming Grupo de Percussão e a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música. Tem tocado, em palco ou em estúdio, com músicos excepcionais como Wolfgang Muthspiel, Trilok Gurtu, Tcheka, Gilberto Gil, Lenine, Armando Marçal, Ralph Towner, Manu Katché, Dino Saluzzi, Kai Eckhardt, Julian Argüelles, Steve Argüelles, Howard Johnson ou Django Bates. Compõe também para cinema e teatro.

    A obra mais recente do trio partilhado com Bernardo Moreira e Alexandre Frazão é Mongrel, um trabalho que partiu de temas originais de Chopin. Iridescente, gravado na Fundação Calouste Gulbenkian, é a sua última aventura musical com a cantora Maria João. Colabora desde 2012 com o pianista brasileiro André Mehmari, tendo sido editado um disco em duo, gravado ao vivo, com música original de ambos. Em finais de 2013, Mário Laginha e o seu Novo Trio, com o guitarrista Miguel Amaral e o contrabaixista Bernardo Moreira, lançaram Terra Seca, um disco que desbrava novos caminhos para o jazz e a música portuguesa. Ao lado de Julian Arguëlles (saxofone) e Helge Andreas Norbakken (percussão) editou Setembro (2017) e, mais recentemente, Atlântico (2020). Gravou com o fadista Camané o disco Aqui Está-se Sossegado, em 2019.

     


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