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Estreada em 1832 no Teatro della Canobbiana em Milão, a ópera L’elisir d’amore é um melodramma giocoso com libreto de Felice Romani, baseado num livreto de Eugène Scribe. Alcançou grande êxito no seu tempo e é ainda hoje uma das óperas mais interpretadas do repertório. A famosa ária “Una furtiva lágrima” surge na Cena 8 do Acto II e dá voz a Nemorino, um modesto camponês apaixonado por Adina, uma mulher rica e bela. Para a conquistar compra um elixir de amor que, na verdade, não é mais do que uma garrafa de vinho. Desesperado ao ver que o elixir é uma burla, alista-se no exército para ganhar o estatuto social necessário para conquistar Adina. Esta, emocionada com o acto nobre, reconsidera os seus sentimentos. Nesta ária, Nemorino toma consciência da intensidade dos seus sentimentos e da dualidade entre estes e a vida real.
Luís Miguel Santos, 2015