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Michail Jurowski nasceu em 1945, em Moscovo. Filho do compositor Vladimir Jurowski e neto do maestro David Block, os seus filhos Vladimir e Dmitri são também maestros de prestígio internacional. Cresceu num círculo de artistas internacionalmente aclamados da ex-União Soviética tais como Ojstrach, Rostropovitch, Kogan, Gilels e Katchaturian. Dmitri Chostakovitch era um amigo próximo da família, com quem Michail conversava frequentemente e tocava peças para piano a quatro mãos. Estas experiências tiveram uma enorme influência no jovem músico, pelo que não surpreende que seja hoje um dos intérpretes mais reconhecidos da música de Chostakovitch. Em 2012, foi-lhe atribuído o Prémio Internacional Chostakovitch pela Fundação Chostakovitch de Gohrisch.
Michail Jurowski estudou no Conservatório de Moscovo, onde foi aluno de Leo Ginsburg (direcção) e Alexei Kandinsky (ciências musicais). Ainda durante os estudos, foi assistente de Gennadi Rozhdestvenski na Orquestra Sinfónica da Rádio e Televisão de Moscovo.
A partir de 1978, dirigiu regularmente como maestro convidado na Komische Oper de Berlim. Deixou a União Soviética em 1989 para ocupar um cargo permanente na Semperoper de Dresden. Foi Director Musical e Maestro Titular da Filarmónica do Noroeste da Alemanha; Maestro Titular da Ópera de Leipzig e da Sinfónica WDR da Rádio de Colónia; Maestro Principal da Ópera Alemã de Berlim; Maestro Convidado Principal da Sinfónica da Rádio de Berlim; e Maestro Convidado Principal da Filarmónica Janáček de Ostrava e da Orquestra Tonkünstler da Baixa Áustria. Actualmente é Maestro Convidado Principal da Sinfonia Iuventus (Varsóvia).
Como maestro convidado, Michail Jurowski dirigiu a Orquestra da Gewandhaus de Leipzig, a Filarmónica de Dresden, a Staatskapelle de Dresden, as Filarmónicas de Oslo e Bergen, a Königlichen Kapelle de Copenhaga, a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música e a Sinfónica de São Paulo.
No início da temporada de 2018/19, a Warner Classics editou a ópera Moses de Anton Rubinstein, cuja estreia mundial foi protagonizada por Jurowski com a Sinfonia Iuventus, um projecto premiado com o patrocínio prestigiante da UNESCO. Ao longo da temporada, estreia-se nos EUA com a Orquestra de Cleveland, dirige dois programas com a Filarmónica de Belgrado, regressa à Coreia do Sul e é convidado para dirigir a Orquestra Nacional de Bordéus, a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música e a Orquestra Sinfónica Siciliana. Apresenta em estreia mundial, em versão de concerto, o bailado Cain de Marc Blitzstein com a MDR de Leipzig na icónica Brucknerhaus em Linz (Áustria). Regressa à Opernhaus de Zurique para uma reposição de Romeu e Julieta e ao La Scala de Milão para O Quebra-Nozes.
Jurowski ganhou o Prémio da Crítica Discográfica Alemã em 1992 e 1996, e em 2001 foi nomeado para o Grammy por três CD de música orquestral de Rimski-Korsakoff com a Orquestra Sinfónica da Rádio de Berlim. Em 2017, recebeu novamente o Prémio da Crítica Discográfica Alemã por um disco com música de Chostakovitch, Pärt e Weinberg, gravado ao vivo com a Staatskapelle de Dresden no Festival Internacional Chostakovitch em Gohrisch – “uma viagem sinfónica de descoberta”, segundo o júri deste prémio.
2018/19
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