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Nascido em Lisboa, Rui Horta começou a dançar aos 17 anos nos cursos do Ballet Gulbenkian. Estudou, ensinou e foi intérprete em Nova Iorque durante vários anos, após os quais regressou a Portugal, onde dirigiu a Companhia de Dança de Lisboa, sendo um dos principais agentes no desenvolvimento de uma nova geração de bailarinos e coreógrafos portugueses. Depois das primeiras digressões pela Europa, foi convidado a fundar a S.O.A.P., no Künstlerhaus Mousonturm, em Frankfurt. Com a S.O.A.P., criou programas que estiveram em digressão por todo o mundo, em alguns dos mais importantes festivais e teatros.
Rui Horta ganhou, em 1992, o primeiro prémio nos Rencontres Chorégraphiques Internationales de Bagnolet e o Bonnie Bird Award, tendo ainda recebido inúmeros prémios atribuídos pela imprensa. Colaborou regularmente com o Goethe‐Institut em projectos internacionais, tais como workshops em desenho de luz e cursos de coreografia. Dirigiu vários projectos de formação avançada em cidades como Zurique e Düsseldorf. Foi professor convidado em algumas das mais importantes escolas de dança, tais como o Laban Dance Centre, o Conservatoire National de Paris, o Conservatoire National de Lyon, a London School of Contemporary Dance, o Steps e a Perridance em Nova Iorque.
Em 1997, encenou The Rake’s Progress, ópera de Stravinski, no Theater Basel, tendo ainda sido responsável pelo seu desenho de luz e cenografia. Desde 1998 até 2000, Rui Horta trabalhou em Munique, como coreógrafo residente, no Muffathalle. Em 1999 recebeu o Germans Producers Prize, atribuído de dois em dois anos por um júri de 14 directores de teatro para premiar trabalhos notáveis da cena independente de dança alemã.
Em Agosto de 2000, regressou a Portugal (Montemor‐o‐Novo), onde estabeleceu um centro multidisciplinar de pesquisa e criação, “O Espaço do Tempo”.
Em 2001 dirigiu o filme Rugas e recebeu o prémio ACARTE, com a obra PIXEL. Em 2003 co‐encenou Olakala com a Companhia de Novo Circo francesa Les Arts Sauts. Criou obras para inúmeras companhias de renome tais como o Cullberg Ballet, Ballet Gulbenkian, Nederlands Danstheater, Opéra de Marseille, Ballet du Grand Théâtre de Genéve, Icelandic Ballet, Scottish Dance Theatre, entre outros. Em 2005 ganhou o prémio Almada do Ministério da Cultura. Em 2006, em conjunto com João Paulo Santos, encenou a obra de novo circo Contigo. Nos últimos anos criou setup e scope, obras que circularam intensamen‐ te em toda a Europa. Em Junho de 2008 foi condecorado com a Cruz de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e em Janeiro de 2009 estreou Zoetrope no TeCa – Porto, obra que resulta da colaboração com a banda Micro Audio Waves. Durante a temporada de 2009/10 foi Artista Associado do Centro Cultural de Belém – Lisboa.
Em 2010 colaborou com a Casa da Música no espectáculo +4’33’’ (Tributo a John Cage) interpretado pelo Remix Ensemble Casa da Música, sob a direcção musical de Peter Rundel.
2012
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