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  • A abertura foi composta por Piotr Ilitch Tchaikovski (1840-1893) em 1880 e comemora a vitória das tropas russas sobre a invasão napoleónica no ano de 1812. Escrita por encomenda e sem entusiasmo, apesar do tema patriótico abordado, a abertura continua célebre hoje em dia principalmente devido à dimensão avassaladora e extravagante do efectivo instrumental para o qual foi concebida (que no final inclui, para além das forças orquestrais convencionais, uma banda militar, disparos de canhões e carrilhão).

    A peça inicia-se com o cântico ortodoxo “Deus, salva o Teu povo”, apresentado solene e recolhidamente nas cordas. Sucedem-se a partir daí várias ilustrações das tensões crescentes. Começam a aparecer justapostos temas pastorais e militares, metaforizando a tensão entre o povo russo e as tropas invasoras (pelo meio, ouve-se uma dança folclórica russa). Já com a pulsação musical mais animada, retrata-se a fase de preparativos para a batalha, seguindo-se depois uma representação do lado francês (ao fundo, nas trompas, ecos d’A Marselhesa) e, logo depois, do lado russo (através de duas melodias populares: a primeira lírica, cantada pelas cordas, e a segunda mais jocosa, acompanhada por pandeireta). Depois de todo este material apresentado, há uma secção de desenvolvimento em que se vai intensificando o conflito em investidas sucessivas até chegarmos ao ponto climáctico do conflito, em que a Marselhesa aparece nos metais, interrompida pelos canhões dos russos, que finalmente derrotam os franceses (a retirada ouve-se na descida de cordas). Depois disto, a apoteose traz o som dos sinos por sobre o hino que abria a peça, agora soando a plenos pulmões nos metais. Pouco depois uma alusão ainda resta: a melodia russa de “Deus salve o Czar” ouve-se tocada pelos trombones, acompanhado de mais disparos de canhão, terminando o enredo em afirmação total de vitória.

     


    Pedro Almeida, 2016 

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