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O Convite à Dança assume-se como uma obra programática, já que usa a sua introdução para ilustrar o convite propriamente dito do cavalheiro à donzela – o primeiro pela voz do violoncelo, a segunda pela do clarinete. O convite surge na melodia interrogativa do violoncelo; a uma primeira recusa segue-se a insistência e, então, a aceitação. Uma breve troca de palavras que se adivinha no diálogo entre os dois instrumentos e a preparação para a dança precedem a valsa propriamente dita, com todo o brilhantismo que lhe é característico e a que não é alheia a orquestração realizada por Berlioz em 1841. Após o final apoteótico da valsa, a história encerra com uma coda que ilustra a despedida do par, relembrando o tema da introdução.
Fernando Pires de Lima, 2015
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