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1. Ouverture
2. Allemande
3. Courante
4. Aria
5. Sarabande
6. Menuet
7. Gigue
As seis Partitas publicadas por J. S. Bach entre 1726 e 1730, e, em seguida, repropostas numa versão completa em 1731 com o título Clavier-Übung I, modificam em parte a estrutura típica da suite, que o músico tinha já frequentemente utilizado com sucesso. A novidade, em relação por exemplo às suas Suites inglesas e Suites francesas, é a introdução, para além da tradicional sucessão de danças estilizadas, de algumas peças de carácter diferente. Assim, por exemplo, a Partita n.º 4, BWV 828 inicia com uma Ouverture construída de acordo com o modelo francês (uma primeira secção de carácter mais improvisatório e uma segunda em estilo fugado) seguida por uma Allemande e uma Courante. A este ponto o músico interrompe a série de danças para introduzir uma Aria (que leva a um momento de gosto tipicamente italiano e próximo do estilo galante em voga na época), para depois a retomar com uma Sarabande, um breve Menuet e uma Gigue final cuja forma é enriquecida com o uso de uma inesperada elaboração fugada. Neste ciclo, Bach parece ir além dos objectivos didácticos indicados pelo título Clavier-Übung (exercícios para o teclado), mostrando um quadro variado das declinações possíveis, dentro da moldura estrutural da suite para instrumentos de tecla, de técnicas e estilos de várias origens traduzidas na sua inconfundível linguagem musical.
Francesco Esposito