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Strauss escreveu a ópera O Cavaleiro da Rosa em 1911, e com ela conquistou a fama internacional – estreada em Dresden, nos meses seguintes era já encenada em Milão, Viena e Roma, e em 1913 chegava ao Metropolitan de Nova Iorque. Em 1926 surgia a versão cinematográfica, de Robert Wiene, com música original de Strauss interpretada ao vivo (tal como será exibida a 7 de Fevereiro na Casa da Música, no âmbito do ciclo Invicta.Música.Filmes, com banda sonora interpretada ao vivo por esta mesma orquestra). Foi de facto um sucesso imediato, embora alguma crítica mais intransigente não visse com bons olhos a utilização das valsas, género já fora de moda naquele tempo e, por outro lado, posterior ao período em que se passa o enredo, o reinado de Maria Teresa da Áustria (1740-1780). A verdade é que nada disto tem importância quando se ouve a sofisticação e inventividade das valsas de Richard Strauss, que sustentam na perfeição uma trama sentimental e cómica, seguindo uma linha narrativa que se identifica com a das óperas de Mozart e é mesmo construída como uma homenagem a este compositor.
Com o sucesso da ópera e das suas valsas, foram surgindo várias suites não autorizadas e pouco apreciadas pelo compositor, pelo que este, em 1944, decidiu escrever ele próprio uma suite de concerto, usando a introdução da ópera como abertura da suite, valsas dos Actos I e II e uma conclusão brilhante.
Fernando Lima, 2015
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