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  • 1. Danse of the Nubian Slaves

    2.Adagio

    3. Dance Antique

    4. Variation de Cleopatre

    5. Entree des jeunes Troyennes

    6. Variation d'Helene

    7.Dance de Phryne

    Culminando uma trajectória de consagração, após a sua estreia em 1859, a ópera Fausto de Gounod entrou, em 1869, para o repertório da Grand Opéra de Paris. A versão da ópera que estava a circular não servia, contudo, para a estreia nessa casa. As tradições da Grand Opéra exigiam que qualquer ópera aí apresentada tivesse um grande bailado — e Fausto não tinha. Gounod anuiu, escrevendo um conjunto de sete danças, que inseriu no início do Quinto (e último) acto da ópera. Assim nasceu a Música de bailado de Fausto.

    O bailado inspira-se também numa cena do Fausto de Goethe: o episódio da Noite de Santa Valburga (ou Noite de Walpurghis), em que — seguindo a lenda medieval — bruxas e demónios se juntam no alto das montanhas Harz para um verdadeiro bacanal satânico, uma celebração das forças ocultas do Mal. Mefistófeles leva aí Fausto no intuito que este complete o seu caminho de degradação moral, depois de ter abandonado Margarida. No bailado de Gounod, Mefistófeles proporciona a Fausto o encontro com as mais famosas — e devassas — beldades da Antiguidade: Aspásia, Laís, Cleópatra, Helena de Tróia, a deusa Astarte e Friné.

    Nem todas as danças representam directamente essa dimensão diabólica. É a última — Dance de Phryne — a fazê-lo de modo mais explícito, em particular no seu tema principal: uma dança verdadeiramente desenfreada, que sugere o pandemónio satânico da Noite de Walpurghis. Menos óbvia é tal sugestão na Dance Antique, ainda que o tema principal, com todos os sopros em uníssono sobre o acompanhamento das cordas em pizzicato, não deixe de ter um tom sarcástico e algo maléfico (em especial no final). Algumas danças têm um tom mais lírico, como é o caso — Adagio e Les Troyennes —, reflectindo talvez a delicadeza e sensualidade das beldades com que Fausto é presenciado.


    Daniel Moreira, 2015

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