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  • Luciano Berio destacou‐se pelo seu experimentalismo e pelo trabalho pioneiro no domínio da música electrónica. Associado à geração de compositores que marcou a história da música erudita ocidental depois da Segunda Grande Guerra Mundial, a par com nomes como Pierre Boulez, Luigi Nono ou Karlheinz Stockhausen, Berio transporta para a sua obra o seu interesse ecléctico pelas áreas da filosofia, antropologia, historiografia, semiótica e linguística a que não é alheia a sua proximidade e amizade com Humberto Eco. Estudou piano com o pai e avô, ambos organistas e através dos quais entra em contacto nomeadamente com a produção camerística de clássicos como Schubert, Mendelssohn, Beethoven ou Mozart tendo, no pós-guerra, a partir de 1946, estudado no Conservatório de Milão com Giulio Cesare Paribeni e Giorgio Federico Ghedini. Da sua biografia consta ainda a parceria com Cathy Berberian, com quem esteve casado até 1964, e de que resultariam obras como Sequenza III (1965), Circles (1960), Recital I (for Cathy) (1972) ou Opera (1970/77), onde conceitos estabelecidos, como o de “concerto”, são postos em causa; os seus estudos nos EUA com Luigi Dallapiccola que o fariam interessar‐se pelo serialismo integral (1951); a sua passagem pelos cursos de Verão de Darmstadt onde contactou com muitos dos seus contemporâneos; o seu interesse pela música electrónica que o levaria a fundar, com Bruno Maderna, o Studio di Fonologia de Milão (1955) e o periódico musical Incontri Musicali; o seu período de docência na Mills College, na Califórnia (a convite de Darius Milhaud, em 1962), na Julliard School em Nova Iorque (1965) e, mais tarde, em Harvard (até 2000); o seu trabalho no IRCAM, em Paris (1974‐80); a criação do centro de pesquisa e produção musical Tempo Reale, em Florença (1987); ou a presidência da Accademia Nazionale di Santa Cecilia, em Roma (2000).

    Das suas muitas obras são de destacar as múltiplas transcrições e arranjos de obras de vários compositores de que são exemplo Franz Liszt, Giacomo Puccini, Kurt Weill ou Monteverdi; as peças de teatro musical Un Re in Ascolto (1984) e La Vera Storia (1981); ou Sinfonia (1969), para orquestra e oito vozes amplificadas, de fôlego pós‐moderno em que a citação é uma ferramenta essencial, e que inclui excertos de textos de Gustav Mahler, mas também de Samuel Beckett ou de Claude Levi-Strauss.


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