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  • Desde cedo que o jovem Anton Bruckner viveu imergido no ambiente musical da Igreja, seguindo de perto a actividade do seu pai, que além de professor primário era músico da Igreja em Ansfelden e lhe deu as primeiras lições de música. Decisivo foi também o seu ingresso aos 11 anos como pequeno cantor na Abadia de Sankt‑Florian, perto da cidade austríaca de Linz, onde cedo exerce funções como organista substituto e mais tarde como organista titular (1851). O facto de estar sepultado por baixo do órgão dessa Abadia, segundo a sua vontade, manifesta bem a admiração que nutria por este instrumento e a influência marcante que a passagem por Sankt Florian teve na sua vida.

    No ano de 1855, já com 31 anos, Bruckner inicia os seus estudos de contraponto em Viena e candidata‑se ao lugar de organista na Catedral de Linz, cargo que obtém por concurso em 1856. Em Julho de 1868 é nomeado professor de Harmonia, Contraponto e Órgão no Conservatório de Viena, e em Agosto desse mesmo ano inicia a sua actividade como organista da Corte. As suas viagens a França e Inglaterra, em 1869 e 1871, consagram‑no como grande executante e improvisador, reconhecido internacionalmente, recebendo em 1891 o doutoramento honoris causa da Universidade de Viena. Este ambiente propício para a composição musical sacra levou Bruckner à criação de missas, do Requiem em Ré menor (1848‑1849) e do Te Deum (1881‑1883), para além de Salmos e motetes sobre textos litúrgicos em latim.

    Uma das afirmações que melhor caracterizam o compositor é atribuída ao maestro Wilhelm Furtwängler, que o define como «um místico gótico perdido por engano no séc. XIX». Apesar das influências do movimento cecilianista no que respeita às formas clássicas das suas composições (com referências aos modelos formais da Renascença, especialmente da escola romana de Palestrina), Bruckner soube conciliar o historicismo romântico com a sensibilidade musical da sua época, deixando exprimir todo o seu talento nos motetes, que surgem como miniaturas poético‑musicais, onde a sua linguagem é claramente romântica e por vezes até pós‑romântica, com claras influências wagnerianas.


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