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Iannis Xenakis nasceu em Braîla, Roménia, de pais gregos, em 29 de Maio de 1922. Morreu em Paris, em 4 de Fevereiro de 2001. Perdeu a mãe aos cinco anos. Aos dez anos acompanha a família no regresso à Grécia. Forma-se em engenharia na Escola Politécnica de Atenas. Em 1945, em combates de rua, é gravemente ferido. É perseguido e condenado à morte. Atravessou a fronteira, disfarçado, com a ajuda do pai, em direcção à América. De passagem por Paris, decide fixar-se na cidade que lhe fazia lembrar a Atenas antiga. Engenheiro de Le Corbusier, seguiu o ensino de Messiaen e de Milhaud. Em 1954, compõe Metastasis, uma das partituras pioneiras do séc. XX, origem do Pavilhão Phillips da Exposição Universal de Bruxelas, em 1958. Figura de dimensão mundial, foram-lhe atribuídos numerosos prémios, avultando o Prémio Quioto, equivalente ao Prémio Nobel da Música.
Xenakis será sempre rotulado de “matemático” pelos movimentos que ignoram obras colossais sobre textos clássicos como Medea, Oresteia, etc. Quase todas as obras corais do autor vivem à margem de pré-determinismos matemáticos. A música de Xenakis vem dos teóricos da música da Grécia antiga, de filósofos, poetas e dramaturgos, das tecnologias e das ciências modernas.