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Rui Massena é uma figura de proa da cultura nacional e "Solo" é um álbum que oferece uma faceta mais íntima do seu trabalho artístico. Habituámo-nos à imagem excêntrica de Rui Massena em frente a uma orquestra e agora teremos a preciosa oportunidade de assistir a um concerto em que explora um conjunto muito particular de peças escritas para piano. Explica o maestro: "São peças ao piano, onde espelho o meu mundo interior, seja um momento ou um amor. Quis que no seu conjunto construíssem um disco que me transmita tranquilidade".
A tranquilidade de que Rui Massena fala poderá ser conferida no espectáculo que agora assina e que será integrado na ambiciosa programação Classic Waves, com uma série de importantes nomes da cena musical erudita contemporânea a exporem na Casa da Música e no CCB outras paisagens musicais que requerem um outro tipo de atenção por parte do público.
O percurso de Rui Massena é a bagagem de experiência que transporta para todo o lado. Um percurso que o ajudou a transformar Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura num incrível caso de sucesso.
Fora de portas, foi maestro convidado principal da Orquestra Sinfónica de Roma, durante as temporadas 2009/2011. Foi também o primeiro maestro português a dirigir no Carnegie Hall em Nova Iorque, o que se deu em 2007. Em Portugal, já trabalhou, num registo mais próximo da pop, com nomes como Expensive Soul ou Da Weasel. Massena foi igualmente diretor artístico e maestro titular da Orquestra Clássica da Madeira entre 2000 e 2012, tendo trabalhado nomes como José Carreras, Ute Lemper, Wim Mertens, Ivan Lins, José Cura ou Mário Laginha e Bernardo Sassetti. Trabalhar o piano em regime solo é mais um desafio que Rui Massena se impõe.
"Rui Massena é um dos poucos Maestros que não tem medo de arriscar", garantiu um dia Mário Laginha. Com "Solo" o único risco que existe é o de nos apaixonarmos irremediavelmente pela sua música.
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