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Quando se estreou ao vivo em Nova Iorque para actuar ao lado de Naná Vasconcelos na primeira parte de um concerto de John Fahey, outro mestre da guitarra desaparecido em 1978, Egberto Gismonti recolheu rasgados elogios do New York Times. Hoje, 40 anos depois, o músico que então apresentava o extraordinário Dança das Cabeças (edição de 1977 da ECM) continua a ser um explorador das possibilidades universais da música, recusando-se a reconhecer fronteiras entre linguagens, eras, continentes. Até entre instrumentos, tratando a guitarra e o piano, entre outros, com a mesma intensidade e criatividade. Sempre preocupado em expandir as suas possibilidades como músico, Gismonti desenhou novos e fabulosos instrumentos, porque a única maneira de executar a música que imaginava era traduzindo os objectos desse pensamento para a realidade. Tudo isto ganhará vida em palco neste seu especial regresso a Portugal, uma rara oportunidade para assistir a um recital íntimo que percorre cinco décadas de carreira.
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Egberto Gismonti
piano, guitarra
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