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Paganini (1782‐1840) foi o mais aclamado violinista do seu tempo, uma lenda viva que estipulou novos padrões de virtuosismo e revolucionou completamente a técnica do instrumento. Natural de Génova, aprendeu a tocar violino com o seu pai e prosseguiu os estudos com músicos profissionais. Aos doze anos já dava recitais. Após as invasões napoleónicas serviu a Princesa Elisa Baciocchi, irmã de Napoleão, em Lucca, entre 1805 e 1809. Nesse ano partiu para uma longa digressão em Itália que iria durar 18 anos. Foi entre os anos de 1828 e 1831 que se apresentou nas principais cidades da Áustria e da Alemanha, culmi‐ nando a primeira digressão fora de Itália nas cidades de Paris e Londres. Um negócio ruinoso em Paris, onde abriu um Casino, e problemas de saúde fizeram com que se deslocasse para Nice, onde veio a falecer em 1840.
Nas suas digressões, Paganini escreveu diversos concertos para violino. Apenas seis sobreviveram até aos nossos dias e um desses concertos só muito recentemente foi descoberto. Regra geral, seguem o modelo Romântico do concerto virtuoso, dividido em três andamentos contrastantes, muito lírico e com diversas passagens para o solista brilhar.