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  • Compositora, harpista e professora, Clotilde Rosa foi uma individualidade importante na divulgação da música contemporânea em Portugal. Cresceu no seio de uma família de forte tradição musical e teve as primeiras aulas particulares de piano aos dez anos, tendo terminado o Curso Superior no Conservatório Nacional de Lisboa (1949) e o Curso Completo de Harpa (1948). Fez parte dos Menestréis de Lisboa dirigidos por Santiago Kastner, com quem estudou baixo cifrado aplicado à harpa e interpretação de música antiga. Recebeu bolsas da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo holandês para estudar harpa particularmente com Phia Berghout, em Amesterdão. Estudou harpa com Jacqueline Borot em Paris (1964), e realização de baixo cifrado com Hans Zingel em Colónia (1967).

    Foi em 1962 que Mário Falcão lhe propôs tocarem Imagens sonoras para duas harpas, de Jorge Peixinho, aproximando Clotilde Rosa deste compositor e do meio musical português de vanguarda, o que resultou na criação do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa (GMCL) em 1970. Na continuação do seu interesse pela música antiga, formou o Trio Antiqua com Carlos Franco e Luísa de Vasconcelos. Ensinou na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, onde introduziu, pela primeira vez em Portugal, a música contemporânea no programa curricular de harpa. A convite de Jorge Peixinho, esboça o seu primeiro trecho musical em 1974, na obra colectiva In-con-sub-sequência. Assume-se como compositora em 1976 com a obra Encontro. Tendo originalmente uma formação musical tradicional, Clotilde Rosa considerava-se essencialmente autodidacta, valendo-se da sua vivência musical e sobretudo da sua experiência como intérprete. Apesar da sua apetência para o experimentalismo sonoro, nunca se proporcionou trabalhar num estúdio de música electroacústica, sendo a sua obra maioritariamente para voz ou instrumentos acústicos. Descrevia o material utilizado na construção da sua linguagem como: “vasto, com uma herança de raiz serial muito livre, no emprego de 3 acordes de 4 sons quase como um fio condutor que habita frequentemente as minhas obras, organizando-me paralelamente, criando pequenas células que fazem aparecer fragmentos temáticos, módulos rítmicos.” Considerava-se, numa perspectiva alargada, uma compositora pós-serialista.


    2018

    Nota biográfica adaptada a partir de texto de Patrícia Bastos, gentilmente cedido pelo Grupo de Música Contemporânea de Lisboa.

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