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Marc Coppey conquistou uma sólida reputação como solista e pelas parcerias com grandes músicos da actualidade em formações de câmara, além da dedicação à expansão da literatura do instrumento. Ao seu estatuto como um dos mais importantes violoncelistas da actualidade soma-se o crescente reconhecimento internacional como maestro. É director musical dos Zagrebački Solisti desde 2011.
Protegido de Yehudi Menuhin e Mstislav Rostropovitch, a sua primeira aparição internacional aconteceu aos 18 anos, ganhando importantes prémios no Concurso Bach em Leipzig (1988). Rapidamente se estreou em Moscovo e Paris ao lado de Menuhin e Victoria Postnikova, uma colaboração documentada em filme por Bruno Monsaingeon. Rostropovitch convidou-o para o Evian Festival e a sua carreira a solo disparou, com convites das principais orquestras e maestros. Foi nomeado Officier des Arts et des Lettres pelo Ministério Francês da Cultura, em 2014.
Nesta temporada, Marc Coppey toca como solista com a Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse e Lio Kuokman, a Filarmónica da Radio France e Kazushi Ono, a Filarmónica de Estrasburgo e John Nelson, e a Sinfónica da Rádio Polaca e Lawrence Foster. Dirige a Deutsche Kammerakademie e a Real Orquestra de Câmara da Valónia, entre outras prestigiadas formações. Durante 2021, é Artista em Residência na Casa da Música, interpretando obras de Dutilleux, Dvořák, Elgar, Rhim e Chostakovitch.
Apaixonado pela música de câmara, foi fundador do Quarteto Ysaÿe (1995-2000). É director artístico do festival de música de câmara Musicales de Colmar. Colabora regularmente com prestigiados pianistas (Nelson Goerner, Stephen Kovacevich, Kun-Woo Paik e Maria João Pires), instrumentistas de corda (Ilya Gringolts, Vadim Gluzman, Viktoria Mullova, Alina Pogostikina e Lawrence Power) e com o aclamado flautista Emmanuel Pahud. É parceiro regular do pianista russo Peter Laul.
A amplitude do repertório de Coppey é a prova da sua curiosidade, estendendo-se do mais corrente às obras menos conhecidas de compositores contemporâneos. Estreou obras concertantes de Jacques Lenot, Marc Monnet, Eric Tanguy e fez estreias francesas de Elliott Carter, Mantovani e Erkki-Sven Tüür. Muitos compositores dedicaram-lhe peças.
Actualmente grava para a editora Audite. Entre os seus discos mais recentes destaca-se a integral das obras para violoncelo e piano de Beethoven (com Peter Laul), concertos para violoncelo de C. P. E. Bach e Haydn (com os Zagrebački Solisti) e obras para violoncelo e orquestra de Bloch e Dvořák (com a Sinfónica Alemã de Berlim e Kirill Karabits). O seu próximo disco é dedicado aos concertos de Chostakovitch, gravados ao vivo com a Sinfónica da Rádio Polaca e Lawrence Foster. A sua discografia tem sido aclamada pela crítica, com distinções como o Diapason d’Or, o Choc du Monde de la Musique e o ffff da revista Télérama, entre outros. Gravou para a Accord/Universal, a Aeon/Outhere, a Decca, a Harmonia Mundi, a K617, a Mirare e a Naïve. Os seus recitais foram transmitidos pelos canais Arte e Medici.tv.
Marc Coppey é professor de violoncelo no Conservatório Superior de Paris e orienta masterclasses no mundo inteiro. Desde Outubro de 2020, é director artístico da Saline Royale Académie de Arc-et-Senans: um centro francês de arte e educação para a música. Toca num raro violoncelo do luthier Matteo Goffriller (Veneza, 1711), conhecido como “Van Wilgenburg”, e reside actualmente em Paris.
2021/22