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  • "No amanhecer da talentosa e venusiana Rita Damásio que eu conheço hoje, existe uma bela adolescente criativa e determinada, cantora dos CARDILVM, um grupo de rock gótico do qual guarda saudades. Dentro da Rita, existe o temperamento de fogo, de paz, de fé, de vontade, de exigência, de paciência e de profundidade onde todos estes elementos coabitam e se equilibram.

    Uma nacionalidade (portuguesa), duas culturas (nasceu e viveu em França), os ecos de um passado genético (Angola)e, depois, todas as outras que abrigará nela para sempre, porque entre os dois países onde viveu, as minorias étnicas sempre a interessaram mais. As diferentes culturas sempre a fascinaram então pensou que a Universidade poderia responder ao seu desejo de conhecimento. Em paralelo, com o seu percurso académico nas áreas de História e Antropologia (Licenciada em Estudos Africanos na Faculdade de Letras de Lisboa e uma Pós-graduação em Estudos de Desenvolvimento, no ISCTE), Rita cantou durante quase vinte anos (com algumas interrupções pelo meio) como backing-vocals (coros) para vários artistas portugueses e africanos, tais que Tito Paris (Cabo-Verde) e Paulo Flores (Angola).

    Foi também uma das belas vozes do grupo Madredeus, no projecto A Banda Cósmica. A partir de 2008, retoma uma carreira de locutora para publicidade onde vive da voz, longe dos holofotes mediáticos, sendo uma das vozes das embaixadoras da L´Oréal, entre outras prestigiadas marcas. Na agência que a representa, a ZOV, Rita Damásio é apresentada como símbolo da diversidade e do multiculturalismo.

    Durante anos, paralelamente, a Rita compõe, incita, propõe. Nada acontece. Mas isso não a faz desviar do seu caminho. Determinada, esperará a sua hora. Ela não procura agradar aos outros ou à maioria, trilhando este caminho, que é seu e original, procura estar em sintonia com o seu mundo interior e com ela própria. Durante muito tempo pensou que Jean Massicotte ou François Lalonde, os mágicos de Lhasa de Sela, podiam ajudá-la na descolagem. Talvez seja uma quimera mas ela acredita nisso. Eis que Massicotte responde: “Oh, my God what you do is so beautiful!”. O verdadeiro encontro, o tão esperado encontro acontece. A faísca acendeu. Jean Massicotte e François Lalonde são os produtores do seu primeiro trabalho a solo, um EP intitulado « Peregrina ».

    A Rita é um ser habitado por um autêntico sentimento de justiça, uma mulher que se compromete, que milita contra a injustiça política, social, racial. É uma mulher generosa e mãe dedicada.

    A Rita encontra-se no amanhecer da sua carreira individual. A sua voz tem a beleza nocturna do veludo, a doçura do toque da seda, a profundidade dos credos e das orações, a poesia de um quadro de Chagall, é de um atordoamento feminino e profundo. As canções que ela propõe agora são belas, são emanações dela, das flores da árvore que ela é, são puros pássaros sonoros, têm a amplitude dos arrepios que nos atravessam e nos arrebatam."

    Denys-Louis Colaux, escritor e poeta (Bélgica)


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