-
Abertura – A princesa – Canção da construção do príncipe – O ribeiro – Dança do príncipe de pau – Epílogo
Béla Bartók escreveu o bailado-pantomina O Príncipe de Pau entre 1914 e 1916, logo após a ópera O Castelo do Duque Barba Azul. Depois de diversas tentativas de o apresentar em Budapeste, Bartók conseguiu estrear o bailado na Royal Opera House, em Londres. A boa recepção da obra abriu-lhe as portas para uma produção londrina da ópera, logo no ano seguinte, a qual foi estreada num programa duplo com a reposição do bailado. Este segue um libreto de Béla Balázs (igualmente autor do libreto da ópera) com base num conto original e está estruturado numa sequência de sete danças ligadas por temas musicais recorrentes. O Príncipe de Pau é um boneco feito à imagem de um príncipe que tem de atravessar uma floresta enfeitiçada por uma bruxa. A sua intenção é conquistar uma princesa mas, por cautela, envia a sua réplica feita de pau. Acontece que a princesa apaixona-se pelo boneco… pelo menos até o feitiço que lhe deu vida terminar. No final, tudo acaba em bem com os dois apaixonados felizes para sempre.
Bartók referiu-se a este bailado como sendo um poema sinfónico para se dançar, resumindo, assim, a força descritiva e a componente rítmica de dança que marcam a versão de concerto.
Rui Pereira, 2012